Deixe Ela Entrar: conta comigo vampírico

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Humano conhece um vampiro e uma inusitada relação de amizade têm início. Pode parecer um pouco clichê essa simples premissa. Ainda mais se dissermos que os indivíduos dessa relação pertencem a sexos opostos. Agora saia de Hollywood, leve o filme para a Suécia e transforme os protagonistas em duas crianças de 12 anos e você terá um dos melhores filmes sobre vampiros desde uma certa entrevista.

O longa do sueco Tomas Alfredson traz a história de Oskar (Kåre Hedebrant), um garoto de 12 anos que é constantemente importunado pelos colegas valentões do colégio, como em boa dose das produções americanas. Acontece que Oskar começa a fazer amizade com sua nova vizinha Eli (Lina Leandersson), uma garota que tem a janela de seu quarto coberta por papelão, só sai a noite e também têm apenas 12 anos, só que há muito tempo.

Muito do sucesso do filme deve-se ao carisma dos atores mirins, que constroem personagens verossímeis e desenvolvem uma amizade digna do clássico Conta Comigo. Mas o mérito maior deve ser dado a Alfredson que acertou a mão ao mostrar uma crescente no desenrolar da amizade entre os protagonistas, não tornando essa relação forçada e piegas como no sucesso teen Crepúsculo.

Em Deixe Ela Entrar, o foco não é o mito sobre os vampiros, apesar do cineasta usar essa mitologia a seu favor (Em uma cena, brilhante por sinal, Alfredson não se preocupa em explicar por que os vampiros não entram sem ser convidados, mas mostra o que acontece quando o fazem.), mas a relação entre pessoas de mundos diferentes. Não espere, então, cenas de ação recheadas de efeitos especiais, nem um suspense de roer as unhas (ainda que tenham cenas pontuais, típicas do universo vampírico, que funcionem muito bem), mas um drama tocante, divertido e muito bem conduzido.

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