Exterminado do Futuro – A Salvação: triste fim?

rating_duasestrelas

terminator-salvation1Quando foi anunciado que teríamos um novo capítulo da franquia Exterminador do Futuro, minha primeira reação, graças ao fraco terceiro filme, foi de apreenssão. Para aumentar meus temores, confirmaram o diretor McG (As Panteras Detonando) no comando da produção. E como se não bastasse, graças a sua carreira política, meu ídolo brucutu Arnold Schwarzenegger não voltaria como o icônico T-800 (ou T-101, se preferir). Deu no que deu.

O filme começa com Marcus Wright (Sam Warthington) no corredor da morte assinando algum documento proposto por uma personagem misteriosa interpretada por Helena Bonham Carter, cuja interpretação caricata só parece ter funcionado bem em Clube da Luta e na animação Noiva Cadáver. No intuito de justificar a ausência do ex-astro Schwarzenegger, acertadamente a história se passa no futuro pós-dia-do-jugamento. John Connor (Christian Bale, em sua primeira atuação realmente fraca) ainda não é o líder da resistência, mas faz parte dela como um soldado na luta contra as máquinas.

Para uma tentativa de golpe maciço contra as máquinas, os humanos descobrem um dispositivo que pode ajudar na batalha final. Paralelamente a isso, vemos que Wright acordou nesse futuro sem lembrar de nada além do que vimos no início da projeção. Provavelmente não mudaria muita coisa, mas a divulgação do filme já havia relevado o segredo que esse personagem traz e isso prejudica um pouco mais a produção.

O cenário em ruínas até que é interessante e remete ao clássico Mad Max 2. Verificamos que existem focos da resistência no ar, na terra e na água. Temos cenas de ação bem coreografadas, mas sem nenhuma tensão, o que as torna um tanto enfadonhas. O roteiro tem vários furos gritantes e mesmo abusando da exposição (cenas que explicam a trama tin-tim por tin-tim) acaba com buracos bizarros como: por que as máquinas capturam os humanos ao invés de matá-los logo de uma vez?

Sobre o uso da exposição, há uma cena na reta final onde a personagem de Bonham Carter mais parece um vilão dos antigos filmes de 007. Até Bale parece muito afetado pelo Batman em alguns “WHO ARE YOU?” (Quem é você?) e, em certos momentos, cheguei a pensar que o futuro líder da resistência ia gritar: “I’m Batman“. A propósito, não há nenhuma explicação na história para essa tal liderança. Tudo funcionava melhor quando a imaginávamos nos dois longas de James Cameron.

Com um roteiro pra lá de furado, uma direção histriônica e atuações pouco carismáticas, de bom resta apenas a origem da cicatriz de John Connor, algumas cenas de ação (principalmente as que envolvem as moto-exterminadores (?)) e um empolgante, mas infeliezmente pequeno, trecho de You Could Be Mine. Isso tudo sem contar que o longa prometia ser de Connor e ele mais parece um coadjuvante, pois o verdadeiro protagonista é o Marcus Wright. É uma pena, mas uma franquia iniciada de forma tão brilhante pode ter tido um triste capítulo final.

Comentários

Uma resposta para “Exterminado do Futuro – A Salvação: triste fim?”

  1. Izaak

    Só faltou dizer da rádio terminator!!! 😀

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *