Michael Caine explica o final de A Origem – e a minha opinião

Nem preciso dizer que aqui tem spoilers, não é? Se você não assistiu A Origem nem deveria estar lendo isso. Tem outras coisas pelo site. Vai ler o review do filme, por exemplo. Ou ver uns top 5. Mas aqui agora apenas quem já assistiu o filme.

Tá fazendo o quê ainda aí? Vai para o início. Ou senão vai ler um livro[bb]. Depois que você assistir o filme você volta aqui, ok?

Bom, agora que nos livramos de estragar o filme de alguém, vamos à notícia.

Michael Caine[bb], que interpreta o sogro do personagem de Leonardo DiCaprio[bb] em A Origem, deu uma entrevista em que explicou o final do filme.

Muita gente fica se perguntando se o objeto, o totem, caiu ou não. Sir Caine foi enfático: sim, caiu. Segundo o veterano ator, o diretor Christopher Nolan reúne-se com seu staff antes de cada produção para falar sobre o filme e deu o serviço. E o fato de seu personagem aparecer por si só seria um indicativo de que a parte final é a realidade, já que ele próprio nunca aparece nos sonhos.

Se seu inglês, sua soberba e seu humor ácido britânicos estiverem em dia, clique aqui e ouça a entrevista. A partir de uma hora e 45 minutos eles tocam no assunto.

Agora a minha opinião. Eu também acho que o totem cai. Porém, repito, na minha opinião, todo o filme é um sonho. E dentro da realidade daquele sonho, o objeto cai. Passaria a não cair a partir daquele nível de sonho. Baseio-me nos seguintes fatos:

  • Toda a suposta “realidade” acontece muito fácil. Cobb (DiCaprio) arranja um trabalho, consegue uma arquiteta (que, apesar de estudar em Paris, fala inglês de cara), investiga a vida do sujeito, executa o serviço e, quando chega em casa, tudo está uma maravilha, até seu sogro o espera no aeroporto, como se nada tivesse acontecido, tudo muito idealizado. Não é coerente com a complexidade do resto do filme, os sonhos.
  • Muitas dicas são dadas de que a realidade é o sonho de Cobb. O homem no porão de Yusuf diz ao personagem principal: “O sonho se tornou a realidade deles. Quem é você para dizer o contrário?” Em outro momento, a fuga de Cobb passa por ele apertado entre dois prédios. Algo comum em sonhos. Outro tema recorrente em sonhos é estar em um lugar, de repente estar em outro. Os personagens estão num lugar, de repente Quênia, de repente Paris… Além de tudo isso, o filme começa num ritmo alucinante, sem entendermos como fomos parar ali. Cobb, ao falar a Ariadne (Ellen Page), ele diz que não saber como chegou ali é uma característica de sonho.
  • Nem se toca no assunto do totem de Cobb, ele usa o que era da sua esposa.

De qualquer maneira, a melhor pergunta que se pode fazer sobre o assunto é a seguinte:


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Comentários

2 respostas para “Michael Caine explica o final de A Origem – e a minha opinião”

  1. Edson

    É tanta complexidade que parei de tentar entender!

  2. “Why not Michael Cane fly your kids to France?”
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Juro que nem tinha pensado nisso, mas seria uma solução muito boa!

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