Rocky Balboa: contra tudo e contra todos

Rocky Balboa
Dezesseis anos se passaram desde (o fiasco) Rocky V e eis que Sylverter “Sly” Stallone (Rambo) resolve tirar o “Touro Italiano” do baú para mais um embate. Por mais incrível que pareça, contra tudo e contra todos, Sly mostrou que, assim como seu personagem, ainda tem algo a acrescentar e nos apresenta um filme nostálgico e, por que não, empolgante.

O filme começa mostrando o novo campeão mundial dos pesos pesados, Mason “The Line” Dixon, derrubando mais um adversário e recebendo as vaias do público que pede um oponente de verdade (algo visto na carreira de Mike Tyson quando saiu da prisão). Em seguida somos levados à atual vida de Rocky Balboa (Stallone), que agora tem um restaurante onde conta suas histórias aos clientes/fãs, e de cara vemos que sua amada Adrian está morta. Mais tarde vemos que a relação com seu filho também não é das melhores, pois esse é obrigado a viver à sombra do pai famoso.

Stallone acerta ao dedicar a primeira metade do filme para apresentar a atual condição de Rocky e mostrar seu estado físico e psicológico. Ele inclusive usa a seu favor a incredulidade de todos quanto a produção do filme e a insere na história do personagem. Afinal de contas ninguém acredita que um lutador aposentado a mais de quinze anos pode retornar a ativa e enfrentar o atual campeão peso pesado.

É óbvio que o filme não é perfeito. Ele poderia utilizar um pouco da primeira metade do filme para desenvolver melhor a relação entre Rocky e seu filho e dar mais profundidade no seu relacionamento com a garçonete Marie (Geraldine Hughes) ao invés de se ater apenas ao personagem principal, pois afinal de contas nós já conhecemos o caráter de Rocky.

O saldo final é positivo, pois a série, tão cultuada no passado, merecia um melhor desfecho que o pavoroso Rocky V. Com um final fugindo do clichê e a boa e velha cena do treinamento – com Rocky dando a sua última subida às escadas – embalada com a empolgante música tema, Rocky Balboa funciona, não só como um bom desfecho, mas também como uma bela homenagem à saga do “Touro Italiano”.
 

 


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